Por Rondoniadinamica
Publicada em 26/10/2019 às 10h22
Porto Velho, RO – Dois casos envolvendo juízes de Rondônia denotaram nesta semana o desnude da casta até então concebida pelo ideário popular como sacrossanta, o que, claro, sempre foi um equívoco dos mais latentes.
As posições em seus respectivos acontecimentos são antagônicas; porém, ambas as situações envolvem como centro temático a questão do abuso de autoridade, hoje amplamente discutido no Brasil junto à carga máxima da polarização política vigente.
Em Porto Velho, um deles agiu supostamente municiado pelo abuso de autoridade ao dar voz de prisão ao eventual agressor sexual de seu filho numa escola de natação da Capital; o outro, de Cacoal, diz ter sido vítima do mesmo excesso, só que praticado por autoridades diversas, porquanto pende sobre sua cabeça acusação relacionada à hipotética participação em homicídio.
Aliás, sobre a primeira situação o Rondônia Dinâmica publica na próxima segunda-feira (30) entrevista exclusiva com o advogado do membro do Judiciário envolvido no imbróglio da escola de natação.
Continuando: o cordão umbilical que une as circunstâncias divergentes com seres humanos distintos pertencentes ao mesmíssimo Poder é o fato de que exsurgiu a necessidade de brado. E a insurgência ecoou através da Imprensa, claro, o coletivo geralmente apedrejado em decorrência de críticas envoltas à magistratura.
E é interessante como a revolta toma o corpo do organismo atrás da toga, tal qual ocorre como todos os comuns, e, a partir disso, extrai-se para fora da bolha conceitual a naturalidade reativa própria de quem nasceu neste mundo.
É a prova cabal de que somos todos – sem exceção –, suscetíveis à vulnerabilidade imposta a nós mesmos por emoções exortadas em decorrência do estresse diante de situações incomuns.
Eles também sentem. Eles também sofrem. E eles também reagem.